Mitos e verdades sobre anticoncepcionais e outros métodos contraceptivos


Em novembro, nascem os chamados “filhos do Carnaval”; aqueles bebês inesperados, que vêm ao mundo sem o planejamento ou prevenção dos pais. O essencial para se programar é estar bem informado a respeito dos métodos anticoncepcionais. E quando esse é o tema, perguntas não faltam!

A ginecologista Caroline Alexandra Pereira de Souza desvenda aqui o que é verdade e o que é puro mito sobre o assunto para que você possa fazer a melhor escolha:

É preciso parar de tomar a pílula anticoncepcional por um tempo para desintoxicar o corpo?
Mito. A pausa entre uma cartela e outra já é o suficiente para desintoxicar o organismo.

A pílula anticoncepcional engorda.
Mito. A quantidade de hormônios nas pílulas deve ser a indicada pelo ginecologista para não sobrecarregar a contagem de hormônios do seu corpo. Mas, em geral, não há indícios de que o efeito seja relacionado ao ganho de peso nem ao aumento de células de gordura. O que pode ocorrer é algum inchaço causado pela retenção de líquidos.

Anticoncepcional dá celulite.
Mito. A celulite está relacionada ao acúmulo de gordura e à predisposição genética. Converse com seu médico se perceber retenção de líquidos, pois a sensação de que a celulite aumentou pode ser causada pelo inchaço.

Anticoncepcional pode causar varizes.
Verdade. A progesterona pode, sim, gerar a vasodilatação resultando no aparecimento das indesejadas varizes em alguns casos. Geralmente, o problema ocorre em mulheres que tomam a pílula e já possuem uma forte predisposição genética a desenvolvê-lo.

A pílula protege de doenças sexualmente transmissíveis.
Mito. A pílula tem a função de evitar a gravidez. Para se prevenir contra as DSTs, use a camisinha.

Anticoncepcional aumenta o risco de câncer de mama?
Mito. Não há estudos que comprovem a associação da pílula ao câncer de mama.

Tomar pílula diminui o desejo sexual?
Mito. “Nã há qualquer relação entre o uso desse contraceptivo com a perda do apetite sexual; porém, se for verificada a interferência do anticoncepcional na concentração do hormônio testosterona, poderá haver uma diminuição, mas não a perda da libido”, explica Caroline.

A pílula do dia seguinte não pode ser utilizada como contraceptivo frequente.
Verdade. “Trata-se de um método anticoncepcional de emergência e que deve ser usado apenas nessa situação. Por conter altas doses de progesterona, ela causa irregularidades menstruais e desconfortos na pele, como acne e aumento da oleosidade. Não são conhecidos os efeitos com uso prolongado, mas sabe-se que podem ser perigosos”, alerta a ginecologista.

Todos os métodos contraceptivos, se usados por um longo período, podem causar infertilidade.
Mito. O que pode ocorrer é a demora para o organismo voltar ao normal e, por isso, a mulher não conseguir engravidar de imediato.

A cordinha do DIU é igual à do absorvente interno.
Mito. A pequena corda que o médico usa para retirar o DIU não aparece porque fica dentro do canal vaginal.

A camisinha é 100% segura.
Mito. Nenhum método é 100% seguro, mas as pílulas, por exemplo, têm 99,9% de eficácia se a mulher tomar corretamente: no mesmo horário e sem esquecer nenhum comprimido.

O preservativo protege de todas as doenças sexualmente transmissíveis.
Verdade. Ele é, inclusive, o único método que protege de todas as DSTs e da gravidez.

A camisinha pode se romper durante a relação sexual.
Verdade. E isso pode acontecer especialmente se for colocada de forma errada. Por isso, o ideal é prestar atenção nesse momento.

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